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Bandeira do Império do Brasil

16 de junho de 2019

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Poema de autoria de Múcio Teixeira, Barão do Ergonte (1922), em homenagem a bandeira imperial.

"Tenho profunda saudade 
Da nossa antiga bandeira: 
Emblema de liberdade 
Na tradição brasileira!

Triumphante nas fronteiras
Da Argentina e do Uruguay,
Sombreou as cordilheiras
Mais altas do Paraguay!...

Com seu brasão e corôa,
Desenrolando - se ao vento,
Parecia a aguia que vôa
Pelo azul do firmamento!

Bandeira cor da esperança,
Que tinhas a luz dos sóes;
Bandeira que eu vi,criança,
No tempo em que via heróes !

Além do café e do fumo,
Mostrando a nossa riqueza,
Tu apontavas o rumo
Do valor e da grandesa.

Bandeira da minha terra,
Dos meus avós e meus pais!
Si eras altiva na guerra,
Eras mais linda na paz!

Outr’ora,ao trom da metralha,
Vencendo legiões hostis,
Não servias de mortalhas
Em duras guerras civis!...

Por isso eu tenho saudade
Da nossa antiga bandeira,
Que mostrava a liberdade
Na expressão mais verdadeira!

Bandeira da minha terra,
Chlâmyde de um povo audaz!
Tão gloriosa na guerra,
E tão bonita na paz!"


Nota 1: A bandeira aqui ilustrada é bandeira imperial com as atuais 26 províncias ("estados") mais o Município Neutro (Distrito Federal), cada qual representada por uma estrela, que totalizam 27.

Nota 2: O poema está escrito com o português, da época (1922).

Nota 3: Chlâmyde: Manto rico dos antigos, seguro por um broche ao pescoço ou sobre o ombro direito.

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